quarta-feira, 30 de abril de 2008

hoje nao...

Bem, hoje não vai haver um post, (o dia ainda não chegou ao fim é certo) mas estou tão cansado que nem forças tenho para mais…e o cérebro acusa algum cansaço…
Não, não fiques preocupada! Não cedi nas minhas exigências, só foi, digamos, benevolente comigo mesmo!!!.
E macaquinhos hoje, são muitos mas confusos!
Sim , porque todos nos temos macaquinhos no sótão!

terça-feira, 29 de abril de 2008

A prenda por 15 dias...


Porra! Esta eu tão bem a pensar quando me veio à ideia a prenda que recebi no ano passado!
Um belo telescópio ofertado pela Endemol! Eu todo feliz da vida a imaginar já as noites de frio polar que eu ia passar para ver os planetas, as estrelas e as nebulosas!!!
Que fixe!!
Mas a minha prenda só foi minha durante 15 dias!!!
Depois perderam-na, roubaram-na nos estúdios e nunca mais o vi!!!
Que treta! Em 21 anos era a prenda que eu mais gostara e desaparece!!!
Bem, uma coisa é certa, mal eu tenha alguns cobres a primeira coisa que eu vou fazer é comprar um telecopio para ver os meus macaquinhos no céu estrelado!
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

P.S.- fica aqui uma foto dele, se alguém o vir, por favor devolver ao seu pai!!!

Aurora de um novo mundo!


Bem levantou-se a aurora sobre o primeiro dia do meu vigésimo primeiro ano de existência…tanta coisa para dizer que este é o meu primeiro dia com 21 aninhos, continuou tão criança como sempre foi! Mas agora já ninguém me diz nada! LOl
Bem resolvi hoje voltar a arregaçar as mangas! Sim tem que ser! Estes dias são como a passagem de ano, temos sempre planos e programas e coisas assim mas desta vez vou fazer todo por todo para os cumprir!
Ouve em tempos, possas foi só a um ano!, que um senhor da nossa praça publica me disse que eu tinha evoluído tanto durante a minha clausura que entrara para lá com 19 e saíra com 20, pois agora é a minha vez de dizer isso também! Vou tentar sair da minha clausura!
Já resgatei os velhos manuscritos que tenho para aqui e vou fazer todo por todo para que em Dezembro tenha um outro livro cá fora, o outro “O Fim dos Tempos” deverá sair lá para Junho, mas agora tenho que escrever os outros! Esta é a primeira medida!
A segunda, bem antes do Verão serei militante de um partido político! Sim é estúpido, mas eu preciso de fazer ou pelo menos tentar fazer alguma coisa por este país, vou escalar a partir das bases e pode ser que daqui a 5 anos seja deputado da assembleia, mais um…!
Vou tentar…não! Vou mandar para trás toda a letargia que me envolve! Vou acabar com esta compulsiva inércia ou tristeza que me marejava o ser!
Tem que ser!!!
Depois, bem depois se me calhar o Euromilhoes, queria ver se conseguiu voltar a estudar! Porra aquela porcaria já me faz falta!!! Tenho saudade dos laboratórios, das aulas, até (ai meu Deus como eu estou!!!) até tenho saudades de álgebra linear e de análise matemática!!! Se não será mais tarde, quando os livro começarem a dar dinheiro!!! Mas eu acredito que está para breve!!!
Daqui a um ano, por certo, estarei aqui a escrever, mas espero, não tenho a certeza que irá ser muito, mas mesmo muito diferente!!!
Nesta aurora de um novo dia,. Nesta aurora que se ergue fulgente e cheia de cor e brilho, nesta que é uma nova aurora de esperança, fé e acreditar eu ACREDITO!!!!
Pelo menos acredito agora, daqui a bocado, com a minha bipolaridade latente, estará todo de rastos, mas enquanto durar será uma aurora!!! Uma aurora que ficará até quando os problemas voltarem!!!
Neste dia, neste meu primeiro dia, eu digo hoje é o primeiro dia do resto da mina vida, mas que continuarei sempre a tirar macaquinhos!!!
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

segunda-feira, 28 de abril de 2008



Hoje, hoje que devia ser um dia cheio de alegria, um dia brilhante e refulgente, é na realidde o que este dia sempre foi, um dia triste, sombrio e lugubre.


hoje estou coberto de panos pretos me vez de estar como devia estar, alegre e saltitante!
Mas nao o luto cobre-me dos pés até a cabeça...


hoje nao há macaquinhos...estou enlutado, de luto por mim e por este dia...que já se repete a uns longos 21 anos...

sábado, 26 de abril de 2008

jovens politicos


Sua excelsa pessoa o senhor Presidente da Republica portuguesa, alertou no seu discurso comemorativo do 25 de Abril, para o “ tou-me a lixar” que os jovens portugueses (e os não tão jovens) fazem à politica, aos governantes e ao Estado em geral.
Bem, eu não quero faltar ao respeito à instituição presidencial, longe de mim tal coisa!, mas será que o senhor presidente não estaria melhor caladinho?!
O senhor não se poderá esquecer que há cerca de 10 anos atrás o senhor era primeiro-ministro e, se bem me lembro, foi o primeiro-ministro que menos vezes foi ao parlamento!
Não se esqueça que os jovens de hoje nasceram quando do senhor era primeiro-ministro, será que isso não terá nada a ver?!
Agora poderá acontecer uma coisa, os jovens tomarem conta do parlamento! Ah pois ainda não viu bem isso pois não?!
Já viu o que era por andar aquele pessoal que (cambada de vira-casacas!) ainda estavam na Assembleia Nacional, ou então já eram tidos como velhos na altura da Assembleia Constituinte!
Sim meus senhores, quando os senhores virem a geração morangos a fazerem filas as portas das sedes dos partidos políticos para se tornarem militantes, com cristas no cabelo, brinquinho na orelha e coisas assim…
Quando virem alguém entrar nos Passos Perdidos como eu agora estou vestido, calções de ganga, chinelo de enfiar no dedo, T-shirt preta larga, ou então uma a dizer Papi–Chulo…e quem sabe se não serei um desses!!! Pois que sabe! Já estive mais longe!
Poderá ser que nessa altura isto mude! Pode ser que nessa altura o senhor presidente da república se arrepende do que disse!
Pode ser que nessa altura em vez das sessões parlamentares pararem só porque a selecção Nacional esta a jogar (maldito futebol!) passa a parara entre as seis e as oito da noite para que o pessoal veja os morangos…prai a 23 série…
Agora falando um pouco a sério (não que fosse a brincar!) acho que esta na altura aqui do pessoal mais jovem se começar preparara para assumir funções! Acho que é chegada a ora de fazer o nosso estado, o nosso Estado–Social, o nosso Estado-Previdente, o Estado presente, regulador e instrumento da instabilidade económica e social de uma pais que se tem perdido no meio do oceano…
É hora pessoal! Vão as sites do diversos partidos, leiam vejam, escutem e olhem!
Alistem-se pois Portugal precisa de nós!!!
Raios partam! Outro macaquinho politico!!!
Sim, porque todos nos temos macaquinhos no sótão!

P.S: já vim com surpresa um deputado do Bloco de Esquerda, um jovem, que discursou e que ao levava fato! Mas sim um casco aberto da Zara (tive para compara um mas não tinha cheta!) e uma camisa com pregas! Só faltava os calções e cós chinelos e enfiar no dedo!!! J

Trova do Vento que passa...


Pergunto ao vento que passa

notícias do meu país

e o vento cala a desgraça

o vento nada me diz.


Pergunto aos rios que levam

tanto sonho à flor das águas

e os rios não me sossegam

levam sonhos deixam mágoas.


Levam sonhos deixam mágoas

ai rios do meu país

minha pátria à flor das águas

para onde vais?

Ninguém diz.


Se o verde trevo desfolhas

pede notícias e diz

ao trevo de quatro folhas

que morro por meu país.


Pergunto à gente que passa

por que vai de olhos no chão.

Silêncio -- é tudo o que tem

quem vive na servidão.


Vi florir os verdes ramos

direitos e ao céu voltados.

E a quem gosta de ter amos

vi sempre os ombros curvados.


E o vento não me diz nadan

inguém diz nada de novo.

Vi minha pátria pregada

nos braços em cruz do povo.


Vi minha pátria na margem

dos rios que vão pró mar

como quem ama a viagem

mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir(minha pátria à flor das águas)

vi minha pátria florir(verdes folhas verdes mágoas).


Há quem te queira ignorada

e fale pátria em teu nome.

Eu vi-te crucificada

nos braços negros da fome.


E o vento não me diz nadas

ó o silêncio persiste.

Vi minha pátria parada

à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novos

e notícias vou pedindo

nas mãos vazias do povo

vi minha pátria florindo.


E a noite cresce por dentro

dos homens do meu país.

Peço notícias ao vento

e o vento nada me diz.


Quatro folhas tem o trevo

liberdade quatro sílabas.

Não sabem ler é verdade

aqueles pra quem eu escrevo.


Mas há sempre uma candeia

dentro da própria desgraça

há sempre alguém que semeia

canções no vento que passa.


Mesmo na noite mais triste

em tempo de sevidão

há sempre alguém que resiste

há sempre alguém que diz não.



Manuel Alegre

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A madrugada de Cristal, fino, mas estilaçado...




Era um vez esta mesma madrugada. Uma madrugada um pouco fria de uns anos idos, uma madrugada enublada, com resquícios de nuvens no ar e a possibilidade de aguaceiros.
Era calma a madrugada, aquela que era a madrugada de todos os sonhos, de todas as esperanças de todos os nossos anseios. A musica saio suave, mas mais aguerrida do que era de sue habito, mais viva do que a mortandade que havia sido sujeita! Os trompetes tocaram graves, tocaram graves por toda a terra dormente.
Das fortalezas saíram os heróis, cavalgando nos seus cavalos rumando o desconhecido.
Não temia, não receavam, nada nas suas faces dava nota de nada, pois de nada eles sabiam.
A madrugada dos sonhos de cristal começara…já foi a tanto tempo, e no entanto ainda se sente no ar o cheiro que também eles sentiram.
Na madrugada de todos os sonhos vieram, esperançosos como sempre foram, com certezas que não tinham, mas com ideias sem fim.
Na madrugada da esperança, saíram das suas guaritas os homens vestidos de verde, os que faziam a guerra e que a lançavam sobre a grande cidade.
De armas em punho entraram, sem medo, não sabiam o que faziam, tomaram as praças, os largos e as ruas daquela cidade, adormecida na esperança, temente no passado e sem rumo de futuro para alem da estagnação.
A madrugada foi longa, mais longa que todas as outras. Nunca teve fim, memo quando o sol nasceu, para lá do rio, pouco antes das sete, o dia estava ameno, e o céu azul, mas ainda erra madrugada!
Acorreram aqueles putos, de verde vestido e de armas em riste.
A madrugada era longa, como longos eram os anseios. Na madrugada depuseram os quadros que nas paredes já não ficavam bem, mudaram-nos por palavras de ordem, lançadas na confusão da madrugada.
A Bula levou aqueles que na noite se tinham sentado nos seus sofás, nas suas cadeiras de pau carunchoso. Levaram-nos para longe, como se de longe eles nada conseguissem fazer.
A madrugada foi longa, mais longa que os dias, iluminada pelas mãos daqueles que haviam feito a guerra, e que agora, nos alvores do dia, tentavam fazer a paz, com palavras e cartazes. As Candeias eram altas, soltas do jugo da corrente, das botas apertadas, e das lentes espessas.
Na alvorada a esperança, a fé, a crença e o acreditar. Todo eles se alegravam, ainda encobertos no breu, iluminados agora pelo raiar distante de uma aurora.
Cem, ou mais talvez, dias duraram aquelas madrugadas, com cantigas que o povo cantava, alegrias que o povo dizia, e todo parecia belo, tudo parecia novo, todo parecia real.
Mas deu-se o senão, depois da madrugada sucedeu-se a aurora, mas à aurora não se lhe sucedeu o dia.
Depois da luz, depois dos tímidos raios da aurora, a noite, a mais profunda, escura, temerosa noite lhe sucedeu. A ordem natural foi quebrada, como sempre havia sido.
Depois de toda a luz, a escuridão retomou, voltou para nunca mais partir, voltou para o Olimpo, retomou para onde era o seu lugar.
Todos aqueles que levaram o facho, nessa madrugada que sucedeu à noite, “adormeceram com a sensação que tinham mudado o mundo”, quando afinal foi o mundo que os mudou.
A madrugada, que era de cristal, acabou em pó! Fino pó de vidro reles e sem valor!
Na mesma ficaram as coisas, na mesma ficaram as esperanças, somente esperanças encobertas pelo breu, prisioneira da noite, amortalhada com os véus negros, os meus véus negros que sempre haviam cobrindo a grande cidade.
À aurora não se sucedeu o dia mas sim as trevas, pouco iluminadas.
Todo ficou escuro, todo ficou encoberto, mas cheio de esperança, cheio de esperança para que Abril se repita. Para que este Abril seja o Abril do dia, e não o da noite.
Para que Abril não morra! Para que sempre à Aurora se lhe suceda o dia! Para que seja sempre Abril, eu grito! Eu clamo! Eu rogo!
Senhor falta-se cumprir Abril, assim como se falta cumprir Portugal!
Um macaquinho revolucionário para que Abril seja sempre a aurora que sucede à noite e que a esta aurora lhe suceda o dia e nunca mais as trevas!
Sim, porque todos nós, mesmo na escuridão, temos macaquinhos no sótão!

dica...

Uma dica, uma dica que s epoderá tornar boa, só depende das vontades politicas!!!
www.parlamentoglobal.pt
Sim, porqur todos nós , até mesmo os deputados, tem macaquinhos no sotao!!!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A grande Casa da Lapa

Sim eu sei que é longo, mas no fim vais achar delicioso este macaquinho!!!

“Lembro-me de uma casa, de aspecto senhorial, que existia ali para os lados da Lapa.
Era grande como grande era a família que nela habitava.
Haviam para ali ido já a alguns anos, pela mão de um senhor, a quem sempre chamaram o “pai fundador”
Todo era alegre naqueles idos anos de inícios de oitenta. Depois de um belo casamento com uma jovem que vivia no largo do Caldas, uma senhora muito dona do seu nariz, embora sem vontade real, passava as tardes do Igreja de São Nicolau, as manhãs na Igreja de São Domingos e não perdia o terço na igreja se Santo António.
Mas mesmo assim o casal era feliz, e juntos lá iam governando aquela casa da Lapa.
Numa noite, numa fria noite de Dezembro, ia o alegre casal em viagem de avião, em direcção à capital do norte, quando o avião onde iam caiu, não sei o que foi que o fez cair, mas de certo que não foi só a força da gravidade!
A casa nunca mais foi a mesma! Os filhos começaram na disputa dos bens, uns retornaram ao Caldas, outros ficaram na Lapa.
Os que estavam na lapa, no meio de torras, tricas e despotismos, lá arranjaram um cabeça de casal que a todos representasse, um individuo algo sisudo, alto, magro, e que vieram do Algarve, armado em D. Sebastião, e que agora habita lá para os lados de Belém, depois de um longo período em que viveu no velho casarão nas traseiras do Convento de São Bento, ali mesmo colada à estrela.
Mas o cabeça de casal também se fartou muito daquela casa e acabou por mudar para uma casa própria.
Muito tempo passou, e a casa foi-se degradando cada vez mais. Os filhos, os netos e até os bisnetos do “pai fundador” não se entendiam por nada! E a casa é que sofria! Foi metendo água, as telhas já estavam podres, as janelas presas por uns velhos gonzos, lá iam caindo e o grande moro que tapava a entrada já no era caiado há anos idos.
Acabou, no meio de tanto confusão, por se arranjar uma solução, um familiar que andara lá pelas Chinas e que falava muito num tal Mao, mas que agora era pescador, e arranjara uma grande fortuna a vender cherne no mercado da ribeira, ajudado pela esposa e por um tal de Oneil.
As coisas estavam tão bem que também este fez um filho casar com uma outra jovem que, por acaso também vivia lá para o Caldas. Esta tinha um nome diferente, mais simples, de duas letras só, e iguais, mas continuava a ser um beta da melhor espécie, mas tinha os dentes de tal maneira brancos que até ao longe, no breu da noite se via.
Mas ao casamento não durou muito, traição, sim acabou em traição.
O filho pescador de Cherne enamorou-se por uma outra jovem, uma tal que vivia na Bélgica, e que comia batatas fritas, uma senhora fina, embora já de alguma idade, mas que ia fazendo umas plásticas frequentes, mudando o nome até, para que se parecessem nova.
Bem a casa parecia que ia ficar na total desordem, mas lá feio o menino-guerreiro!
Pobre coitado! Depois de ter vendido carapau enjoado nas praias da Figueira da Foz, resolveu vir vender carapau fresco para o mercado da Ribeira.
No meio de tanta confusão acabou também por ele ir viver para a casa da Lapa e, por inerência, para o casarão perto da estrela, e acabou também ele por se perder de amores pela mesma menina do Caldas.
Mas o namoro não tinha nada para dar certo! E, quando se iam para casar pela igreja, o padre, um já velhinho que vivia num casarão ao pé dos pasteis de Belém, não gostou muito e acabou por dizer um rotundo não!
Lá ficou de novo a grande casa da Lapa sem rumo! Depois deste menino veio outro menino, ainda pequenino, que não tinha muita força, a tísica tinha-o apanhado tal era o frio e as correntes de ar que se tinham lá pela casa da Lapa. Acabou por desfalecer.
A casa lá voltava a ficar perdida, mas logo veio um outro familiar, um filho mais velho que tinha ido para o norte.
Desde lá de cima, das caves do vinho do porto, veio ele a correr, para tentar salvar a casa,
Lá ficou uns meses, pintou a casa com uns laivos de azul, arranjou-a, e já dizia que queria também ir viver para a velha casa nas traseiras do Convento de São Bento.
Mas, sem que se perceba bem o porque, acabou por desistir, acabou por bater com a porta na cara de todos os seus irmãos.
Lá ficou a casa de novo sem rumo! Oh mal fadada casa!
Agora lá se tentam os irmãos se organizar!
Mas eles são tantos! Todos os dias surge mais um, uns até que já fazia vida monástica no Convento de São Bento, outros que já tinham quase vivido no casarão, até um primo distante que fira viver numa ilha no meio do Atlântico, que tinha uns negócios de bananas, açúcar e vinho que vivia numas barricas de Madeira.
Não sei se mais irmãos viram, quando o testamento for lido lá se saberá quem é que vai tentar substituir o “pai fundador”, mas a casa…já nada há a fazer com a casa!
Está podre o soalho, as traves do tecto já caíram, chove lá dentro como na rua.
Do Caldas já ninguém se lembra daquela família, e a casa da Lapa vai ficando numa ruína, para grande gáudio de quem vivia agora no casarão, no velho casarão nas traseiras do Convento.
Na tenho a ver com essa casa, a minha casa é um palacete ali no Rato, de fronte da antiga faiança pombalina, mas é sempre muito triste quando se vê uma casa cair.
O mais certo é a casa ser arrasada, e nela ser feito um prédio, um novo prédio para umas famílias ricas que vão lá viver em breve, ali bem no lato da Lapa.”

Poderia ser qualquer texto escrito pelo Eça, talvez o ramalhete, mas este é o meu macaquinho sobre a casa da Lapa, agora cada qual pode se dar ao trabalho de ler o que quiser!
Percebam o meu macaquinho como se fosse vosso!
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

Balanço de contas...


Bem, é chegada a altura de se fazer um balanço trimestral, das acções deste Blog.
Nesta altura temos 55 post’s desde o inicial no já distante 9 de Fevereiro. Desde então já sai do meu Farol, já vim das Formigas até são Pedro de Moel. Para acabar neste momento a vaguear pelo mundo fora!
Muitos post foram corrosivos, foram macaquinhos que tinham que sair para não me levar a uma loucura que não nego ter, outros foram reparos, atenções que lancei para mudar o que nem sempre esta bem, na esperança que os interessados lessem! O que tenho a certeza que não aconteceu! Mas eu tentei!
Nesta altura o post com mais comentário, (bem alguns são meus mas também contam!) foi o do Tomás (http://macaquinhodosotao.blogspot.com/2008/04/toms-azevedo-e-o-imperio-dos-sabonetes.html ) que ainda me esta a dar água pelas barbas por muito pouco serem aqueles que percebem o que eu quero dizer, mas é ele o vencedor do trimestre com 9 comentários…
De todos os 55, 32 tiveram direito a comentário, o que da uma bela percentagem de 58.1%, e um rácio de 1.72 comentários por post…
Bem isto não tarda é mais parvo que os relatórios do banco de Portugal! Sim porque se pensavam que eu ia fazer um balanço de contas "dinheiro" estao com azar, mas eu posso fazer isso! ( nesta latura tiro os trocso que tenho no bolso) tenho 67 centimos! o que é um espectaculo!!!
Bem, aqui fica, entregou-se os louros ao vencedor do trimestre e eu cá fique sem os meus macaquinhos, no início de um período difícil que ai se aproxima.
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Terminus


Conseguiram! Desferiram em mim a última estucada! Estou morto sem o ainda saber!
Vieram vil e desinformes como só maléficos são e sem mais querer saber do que a minha própria vida, rasgaram ao véu do tempo sobre o meu ser!
Como sois cães rafeiros, raivosos e sarnentos! Como sois vós amalgama de nada, montes de pestilento ser!
Como me puderam fazer isso?! Como puderam dar cada da minha vida que ia curta, sem sentido, lúgubre, agonizante e chorosa, mas que era a minha!
Como?! Como é que conseguiram ser Nero, Lúcifer, Diabo, Satanás, Belzebu e tudo o mais numa só estocada!
Num só gesto, seco, limpo, numa só ceifada acabaram com todo!
Com todo!
Não, isto não é justo! Não posso ser tirado na metade dos meus dias! Serei eu como Job? Talvez, mas não creio, não terei tanta sorte!
Maldição que me caiu em cima! Sina que não é a minha mas que me deixa preso, mortificado…
Não, não sei o que será amanhã…mas hoje, hoje já não é!
Hoje mataram-me amanhã renascerei para ser mais uma vez morto!
Num ciclo que não é o da roda-da-fortuna, não tenho a fortuna do meu lado! Não tenho, e o pouco que tenho aos poucos, paulatinamente, me foi sendo tirado, à custa de sangue e muita lágrima … nates ela viesse, antes São Cinfronio!
Tenho pena, muita tristeza assombra a minha alma com estes macaquinhos, mas eles são assim! Se assim não fosse não haveria razão de isto existir!
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

As Feiras dos não-Livros


Hoje, depois de uma estranha noite onde os meus sonhos me levaram a uma inquietante situação que se Freud tivesse acesso haveria de ser muito bonito! Hoje não sei bem mas não me sinto assim muito bem, não sei, é um daqueles dias me que só da vontade de ficar na cama, nem que seja para ter sonhos estranhos, mas que para mim são muito concretos.
Mas bem, falando de outras coisas, agora estou muito mais atento aos movimentos das editoras e a todo o movimento que se faz, e polémicas que as invejas e as dor de cotovelo provocam…
A grande polémica que agora me tem saltado aos olhos é o caso das feiras do livro e das torras entre a APEL e a UEP, alias e como deve ser com a verdade que me move, as torras entre a Apel e Leya (que por acaso é a minha editora, mas nem estou a tomar posição!).
Bem essa acusação de que a Leya esta tentar tornar a Feira do livro num evento meramente comercial… é verdade!
Para que raios é que se faz uma Feira do Livro?! Não é para vender livros! Não é para levar a cultura literária a toda agente! A todos os que vão à Feira se não vão para comprar, vão para ver (sim que nenhum vendedor esta lá com uma caçadeira apontada à cabeça dos visitantes para que eles comprem!!!)
Se esses senhores só querem que as Feiras do Livro sejam somente uma oportunidade para arejar os livros, para lhes retirara o mofo pestilento das devoluções…bem para isso não é preciso ocuparem um jardim, um antro da prostituição, com tão pouco!
Eu sei bem o que é que esta gente tem! Têm dor de cotovelo, para não dizer mesmo dor de hastes! Numa altura em que se diz que o mercado livreiro esta em crise, em recessão, ou lá o que eles dizem, o grupo Leya tem tido, neste três primeiros meses, um desempenho que espanta até os mais optimistas, não será de estranhar que com um aumento de 17% no volume de vendas não quase invejas! Sim porque não se esqueçam na quantidade de editores que fazem parte da Leya, é muita coisa… e muita massa!!!
Não sei, mas acho que as Feira do livro devem ser algo que para alem de tentarem levar a cultura ao povo, o que se faz ali é vender cultura!!
Não estão lá a oferecer livros, pois não?! Se estivessem talvez essas críticas tivessem lógicas assim não! Assim estes são macaquinhos invejosos que certas pessoas lançam
Sim, porque todos nos temos macaquinhos no sótão!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A revelaçao...

Bem pessoal, acho que é altura de começara desvendar alguns segredos do tão afamado livro…sei que não é muito mas este bocadinho já é o bastante!!!
Ficam com um bocadinho da capa… uma tira, uma pequena tira da capa...
Vai formando um belo mosaico, até a semana do lançamento ( que ainda não esta confirmada), vai aparecendo toda…
Divirtam-se especulando!!!

domingo, 20 de abril de 2008

Sob a sombra da azinheira


Foi procura-la esta tarde. No mesmo sito onde a tinha deixado já a tantos anos idos.
Procurei no mesmo sitio, debaixo da grande azinheira de onde o visco pendia, e onde os sol era recortado pelas delicadas folhas, mesmo estado o dia coberto de negrura do céu a chuva caia. Mas ali não, ali não me molhavam.
Estava todo como eu tinha deixado, todo calmo a pacifico, as pequenas flores despontavam agora, púrpuras, violetas, agitadas ao leve vento que corria pelos meus cabelos.
Dei passos, dei poucos passos, passos perdidos no meio desespero.
Estava todo como eu me lembrava, a grande arvore comos seus grandes ramos que se estendiam até ao chão, uma caverna de verde, com cheiros a terra.
Cai de joelhos, de joelhos nus, sangrando depois de tantas batalhas perdidas. As feridas juntou-se o sal que da minha cara escorria, fazendo arder as chagas do meu corpo.
Olhei para o chão, em frente daquele grande tronco, perpetuou nos seus dias, plácido e esverdeado.
Com as mãos, nuas, afastei a folhagem morta que cobria o chão.
Com as mãos nuas escavei o chão podre, com as mãos nus, gretadas, ofendidas tirei as pedras que te cobriam.
Estavas lá, amortalhada no velho damasco já podre. Estavas lá, a apontar direita ao meu coração. Estavas como eu te tinha deixado.
Tirei-te do fundo da tua cova, indigno de te tirar, mas justo foi em lá te depositar.
O pano perdeu-se, em pó e podridão.
A tua lamina fulgiu, mesmo coberta de ferrugem, reflectiu o sol que caia sobre nós.
O seu reflexo tinha a minha cara, tão diferente da cara que tivera outrora. As cicatrizes sulcam-na agora, e os olhos, vivos que eram, estavam agora mortificados para lá das suas covas.
Peguei-te sem ser digno, o teu gume abriu um sulco na minha mão, dele a água rubra saio como uma fonte de Inverno, mas eu nem ai disse.
Tirei-te de onde te tinha posto, resgatei-te ao fim que me havia imposto, agora…agora será já tarde para lá te recolocar, agora é hora!
É hora de saíres deste bosque triunfante, é hora de tu me ajudares! É hora de fazer valer-te! É hora de teres orgulho do teu nome, e dos teus macaquinhos prevalecerem!
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

sábado, 19 de abril de 2008

O vento do Norte veio...e tu nao...


Agora, agora já é tarde!
Agora já não vele a pena, o Kadish foi cantado, a Sura entoada e o versículo recitado.
Agora já é tarde.
As tábuas foram juntadas, pregadas com pregos de ferro velho, já nada se pode fazer.
As escavações foram feitas, rebuscados foram os trapos e deles saio o fato ideal.
Os véus já cobrem os rostos de ninguém.
O vento de sul vem quente, mas tu não vens, o vento de norte vem frio, mas tu não vens, o vento vem de oeste, marítimo, e de este, perfumado, mas tu não vens!
Também já não fazes falta…agora já é tarde!
No meio das brumas busco por ti, montado no teu cavalo branco, mas tu não estas lá!
Busco nos tenebrosos vales, nas veredas mais longínquas, nas águas mais profundas…mas tu não estas lá!
Dos seus caem pingos vermelho, mas tu não estas lá!
Sobre o meu rosto cai…e tu não estas lá!
O Kadish acabou, e tu não vieste célere como sempre me disseram que virias!
A Sura findou e tu não te dignaste a vir, como sempre haveis dito.
O versículo terminou, e de ti…nada!
Nem aos cânticos de Salomão vieste! Nem te deixaste perder no Moah! Nao foste rapido no Mória! Não foste célere como haveis sido para todos os outros!
Quando vieres, quando te dignares a vir em minha visita, quando resolveres a ler as minhas cartas, a ouvir as minhas palavras, quando vieres…já será tarde!
Nessa altura já terei eu partido, mas não na tu busca! Não, falhaste nas tuas promessas e eu não serei digno, pois tu tornaste-me indigno.
Quando vieres já será tarde, o Kadish ouviu-se, a Sura entoou e o versículo proferido.
Agora, agora já é tarde, o vento do Norte veio, frio como sempre, e levou-me
Agora, já é tarde… tão tarde que isto já nem macaquinho é.
Hoje, nem todos temos macaquinhos no sótão…

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Celibato Vitoriano


Hoje passei o dia quase todo mergulhado nas leituras, nas insignes leituras de um livro que a benjamim trouxe par casa. Sim não se poderá dizer que uma jovem pré adolescente (acho que nunca foi pré adolescente…não tenho a certeza, e isso agora pouco interessa!) nem a minha cara trouxe para casa a quase totalidade das obras de Sherlock Holmes!
Mas estando eu a ler tão deslumbrantes intrigas e a fazer tentativas de chegar ao assassino antes do detective, deparo-me com um elemento de constância, o celibato!
O homem era celibatário, só iam para casa de alguém que fosse celibatário e (para além do Watson que era casado, mas do qual nunca se ouvi falar da mulher) é muito raro encontrar alguém que seja casado, normalmente ou são viúvos, ou quem morre é um dos cônjuges.
Esta característica (para muitos de certo banal) relança-me nas minhas próprias tricas, será que esta característica do celibato é só algo romântico da época vitoriana?! Será que, como muito retratam, os homens só eram dados à promiscuidade, normalmente em casas respeitáveis onde pequenos resgatados nas ruas eram usados para satisfazer os apetites da época?! (teriam eles também alguém de anoraque vermelho e com um nome só de duas sílabas iguais?!)
Bem, não sei, não vive nessa época, embora goste bastante dela (não por tais factos, mas sim pelo pólo cientifico e de pensamento), mas uma coisa é dada como certo, que os homens da época prezavam o celibato. Lá isso é verdade!
Agora não sei se isso era muito salutar! Por certo dedicavam-se aos prazeres das carnes, nem que fosse entre os lençóis das suas camas de solteiros com praticas masturbatórias de características higienistas, mas isso era lá com eles.
Mas será que a castidade é assim algo tão magistral que seja assim quase divinizada?! Não me posso esquecer que aqueles que são dados como tal são os padres e todos os ministros dos diversos cultos…
Olha, sabes o que eu te digo: que sejam todos felizes! Com mulheres ou homens, na solidão ou em companhia! Olhem sejam como os meus macaquinhos as vezes (a maioria das vezes) tão parvos como este!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

rebuscado da mente

Quando estou mais perdido… aliás, não é bem quando eu estou perdido é mis quando me quero perder, acabo por rebuscar na minha mente algo, algo que me lembre e que me faça falta nesse dia, nessa altura, nessa hora… bem dinheiro ajudava…mas isso é difícil de encontrar na minha cabeça! Mas lá cabo por encontrara alguma coisa no meio de tanta confusão!
Hoje encontrei isto, um poema que me saltou bem para a frente dos olhos e que me fez pensar, mas afinal o que é o fado?!
Talvez encontres a resposta aqui:

Perguntaste-me outro dia
Se eu sabia o que era o fado
Eu disse que não sabia
Tu ficaste admirado
Sem saber o que dizia
Eu menti naquela hora
E disse que não sabia
Mas vou-te dizer agora

Almas vencidas
Noites perdidas
Sombras bizarras
Na mouraria
Canta um rufia
Choram guitarras
Amor ciúme
Cinzas e lume
Dor e pecado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado

Se queres ser meu senhor
E teres-me sempre a teu lado
Não me fales só de amor
Fala-me também do fado
É canção que é meu castigo
Só nasceu p'ra me perder
O fado é tudo o que eu digo
Mais o que eu não sei dizer

Bem, as duvidas ficam, mas sempre é um pedaço da nossa cultura, e eu até acho que essa coisa do fado…é genético! Tão genético que me faz criar estes macaquinhos para dias mais sombrios!
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Os premios para a cultura apatria...



Tropecei, e o termo correcto é mesmo tropeçar!, com uma noticia que me deixou feliz, aliás não fui só uma foram duas! E dois prémios!
Não me lembro dos nomes dos agraciados (nunca dou muito bom para nomes) mas é sempre bom ver que o trabalho das lusas gentes é reconhecido, senão cá dentro, pelo menos lá fora!
O ministério da cultura italiano entregou um prémio de divulgação da cultura italiana a um poeta, deputado e tradutor português (porra só falta é mesmo o nome! Mas não me consigo lembrar!) por ter feito a tradução para português de vários textos da literatura clássica romana.
Um outro, um dramaturgo e actor que esta a representar uma peça de teatro sobre Filipe II de Espanha ou passado durante os eu reinado (e invariavelmente não sei o nome, sempre prefiro memorizar as pessoas pelos seus feitos) este recebeu também um prémio pela associação não sei das quantas para a divulgação e promoção no mundo da cultura latina.
Bem, até aqui nada de mais, o que é triste é em Portugal também não se dar prémios aos seus valorosos!
Sim eu sei que se dão muito prémio, mas que se tornam irrelevantes quando não tem nem grande crédito, quando não são divulgados fora das próprias elites, quando se tornam mais lobbis do que verdadeiros prémios. Que prémios são estes?! Que reconhecimento é este que é relegado para o fundo dos jornais generalistas?! Que honrarias são estas quando ninguém sabe de nada! (sim, eu não sei o nome deles, mas pelo menos sei que receberam!)
Não sei que cultura é esta que neste país impera?! Não sei, não!!
O nosso Nobel, que tanta honra nos deu, vive num auto-exilio numa ilha espanhola, já não sei se terá sido o José ou o Xosé que ganhou (ou ainda o rose!!:)).
Acho que em Portugal o ministério da cultura deveria de instituir uns prémios, uma espécie de Óscares que fossem divulgados como deve ser e que tivesse um júri fiável.
Sim eu sei que o Estado, pela pessoa do Presidente da Republica que agracia alguns eleitos com uma Cruz de Avis ou uma ordem do infante assim lançada como se fosse uma esmola, mas achava bem que o próprio ministério criasse estes prémios que não seriam uma honra por toda a vida de trabalho, mas pelo seu trabalho feito naquela altura e não à mais de 20 anos atrás! Não isso não estimula cultura nenhuma!
Agora podes vir com a tão típica resposta dos portugueses (e dos economistas!) de que o ministério não tem dinheiro, bem eu não estou a falar em prémio monetário (se ele viesse não série mau!) mas não estou a dizer que seria estritamente um valor em dinheiro! Pode ser uma estatueta qualquer, uma medalha (olhem podem ir ao refugo ou usar algumas das ordens honorificas do presidente!) nem que fosse, sei lá …um bibelò par ficar a ganhar pó num armário lá de casa!
Isso bastava, isso e uma cerimonia todo pipi a lembrar Hollywood, uns globos de ouro da cultura, tapete vermelho à porta do palácio da ajuda (sim para ficar em casa!) ou então num teatro qualquer, em são Carlos por exemplo!
Acho que isso era necessário e um estimulo bom, pelo menos moralizador da cultura em Portugal para que aqueles-que-eu-não-recordo-o-nome posso ser reconhecidos pelas suas obras cá dentro das nossas portas!
Mas isto sou só eu a pensar senhor Ministro da cultura! Mas acho que este macaquinho poderia ser reabilitado pelo seu ministérios, não acha?!
Sim porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

P.S. : – sim e já não falo em benefícios fiscais para quem desenvolve actividade cultural …isso já era muito à frente!!!
P.S.S.- para todos aquele suqe quizerem saber os premio que o ministerio atribuiu vao a este link http://www.portaldacultura.pt/pdfs/merito.pdf e podem fazer a sua avaliaçao! eu acho que é altura de dizer basta de dar gloria à vida ( muitas das vezes já na morte!) e passar a dar visão à obra!, mas isto sou sou eu!!! e quem sou eu?!....Ninguem!

O clip, o dinheiro e a "Madeira é um Jardim"


Não, sei bem, mas estas coisas dos presidentes das câmaras e da corrupção é uma coisa que não encaixa muito bem!
Como pode uma pessoa que é eleita pelo povo para gerir a administração local vir depois roubar aquilo que lhe é cedido para governar? Como pode pensar que se safa fazendo os desvios de fundos e de meios camarários? Como poderá alguém pensar que depois de essa pessoa sair da câmara ninguém irá verificar essas coisas? Como é que tal é possível? Pergunto-me eu…ah esquece já sei!
Estamos em Portugal! LoL
Bem isto não é bem assim, todos nos temos exemplos de governantes que governaram e que nada roubaram que nada desviaram e que não alterar o PDM para poderem vender os sues terrenos comprados por tuta e meia aos pobres desgraçados que queriam lá fazer uma casa e que se viram impedidos porque estavam em REN (rede ecológica nacional).
Sim eu sei que existem políticos e governantes deste! E existe milhares de exemplos de tal…veja-mos…assim de repente…hum….hum….não me estou a lembrar…Ah! (exclamo triunfante!) o Salazar!
Bem por muito que nos custe parece que é verdade! Lá o homem poderia mandar todo para a prisão, podia por a PIDE a perna de tudo e de todos mas que não roubou nem desviou nada…parece que não!
Bem, mas isso agora ano interessa muito! Mas estes casos de corrupção nas câmaras (como tenho tido muito feedback pela comunidade brasileira talvez deve esclarecer que câmara municipal será o equivalente a uma Perfeitoria) estes casos de corrupção não espanta nem nada nem ninguém! Eu só estou desejoso para quando chegar a altura de um certo Jardim ser retirado da Madeira, isso é que vai ter muita piada! E nessa altura espero que o “bando de totós e de coisas malucas que estao na assembleia regional”, talvez deixam de ser assim tão totós!
Mas isto ainda me faz temer outra coisa. Nesta altura estou com a ideia de apresentar um projecto para um museu/centro de ciência viva aqui par o meu município (uma coisa interessante e que poderá ser muito benéfica para a cidade mas que ainda só esta dentro da minha cabeça) mas estou já a temer também ser acusado de corrupção e desvio de meios ou matérias…sim é possível!!!
Já viste se eu SEM QUERER trago um clip para casa?! Estou logo feito ao bife! E como não sou rico e poderoso e não posso fugir para o Brasil (refugio idílico dos autarcas corruptos), lá vou eu para o xelindró tirar macaquinhos!
Sim porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

P.S. – Já agora é corrupção ou corrução? LOL piado ao belo acordo ortográfico! Por falar nisso tenho que fazer um post sobre isso! ( ja que fiz um comentario tao estenço no site do Rui Zink...:))

terça-feira, 15 de abril de 2008

Resultados de testes psicologicos...


Ontem, um dia que foi TÃO feliz (aliás como todos os outros e como este, cheios de ironia!) bem mas ontem recebi os resultados de uns testes psiquiátricos que tive que fazer (por mim achava que deveriam ter sido psiquiátricos, mas eles lá sabem o que fazem!) e os resultados ao podiam ser mais surpreendentes! (para todos menos para mim!)
Estou com uma valente depressão! Disse lá a senhora como se eu estivesse com alguma doença contagiosa e que de uma momento para o outro pudesse ter uma sincope e morresse ali mesmo na sua frente.
Quando ela me disse isso o que é que eu fiz? Sorri!
Ela lá ficou toda preocupada e eu com a certeza de que aquilo que ela tão estupefacta apregoava era o meu estado natural!
Que estardalhaço por uma coisa sem lógica alguma!
Não sei onde ela tinha ido buscar tal ideia, mas se eu estou com uma grande depressão não é só de hoje! Acho que logo duas horas depois de eu ter nascido já estava com uma depressão!
A minha própria existência é uma depressão, barométrica, térmica e de características brutais!
Não me preocupo com isso mas é sempre curioso que seja preciso uns testes psicológicos para que se obtenha um resultado que põem meio mundo em pânico!
Como é obvio logo recusei que me encaminhasse para algo mais sério onde invariavelmente que me iriam dar uns belos e uns ancioliticos, umas pílulas da felicidade que me punham a pairara alegremente sobre a s nuvens com um aspecto alheado (ainda mais do que o meu!) mas com os quais os meus macaquinhos saiam alegres, como um coelhinho cor de rosa a saltitar pelas verdes campinas em flor! Sim isso era capaz de ser bom para os meus macaquinhos e para todos os poucos que os lêem.
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Malditos sejam!


Hoje acordei rabugento, sim grande avaria eu sei, mas tenho esse direito ou não?! Tenho o direito de acordar a praguejar com todo e com todos, em muito especial comigo,.
Malditos sejam, todos! Malditos sejam! Malditos sejam suas coisinhas infectas, amostra de coisas humana, dejectos de uma sociedade reles e decadente! Malditos sejam todos, pelo ar pestilento que respiram pela doença que trazem no vosso ventre! Malditos sejam pelo chão pela terra que trazem agarrada aos pés que é estéril como estéril são as vossas cabeças e mais inúteis são as vossas ideias!
Morte a vós, resquícios do que nunca foram, amostra do pestilento e do inacabado! Morte! Para vós a morte era pouco! Empalados! Sim empalados! Era o que deviam todos ser!
As vossas mulheres são meretrizes e vocês desbocados, os vossos filhos dão o corpo e dele não recebem ordenado!
Malditos sejam até a eternidade!
Estou farto de vós! Estou cansado! Estou morto por vos!
Todos os dias me deito na esperança da morte, da minha para me livrara de vós!, mas não, todas as noites morro e em todas as auroras ressuscito! Maldição!
Nem morrer posso, porque vós não me deixais morrer!
São o vosso saco de pancada e cada pancada que me desferis são chagas que me abrem no ser!
Malditos sejam!
Porque amaldiçoado estou eu! Pois só com uma grande maldição eu me consigo justificar, só com uma maldição me poderia fazer isto! Só uma maldição ma poderia levar a praguejar para ninguém e para toda agente!
Não leves a mal, elas não são para ti!, fui só eu que acordei, como todos os dias acordo, rabugento e com vontade de fugir de todos eles que nem rosto têm!
Sou só eu que me deixo levar pelos meandros do meu ser tenebrosos e lanço estes malditos pensamentos, estes malditos macaquinhos.
Sim, porque todos nós, mesmo os rabugentos, temos macaquinhos no sótão!
Ah, e bem-ditos sejam aqueles que se dão ao trabalho de ler isto!, sim eus ei que não é fácil…

sábado, 12 de abril de 2008

Lá fora a chuva cai...


Gosto de ficar, ficar ali na minha janela, gosto de ficar ali a olhar lá para fora, para o furtivo da noite onde não passa ninguém, onde nada se vê, onde tu é escuro como o breu, onde o vento agita as folhas do grande sobreiro e verga as braças do grande eucalipto.
Gosto de assim estar, a ver o que não passa, o que o escuro oculta e o que não me deixa ver.
Lá fora a chuva cai, copiosa e triste, como tristes são os meus dias.
Vem-me a memoria, ofendida, os dias de outrora, onde fazia aquilo que de mais saudades tenho, de vestir a bata branca e de combater lado a lado com os gobles, kitasatos, balanças magnéticas… todos juntos contra um protocolo experimental esquivo que se refugiava num grande ou pequeno laboratório.
Tenho saudades dos livros, tenho saudades do meu outro eu…
Lá fora a chuva cai, lenta e pausadamente fustigada pelo vento e pelo assombro, eu fico a vê-la, preso nas tristes memórias.
Cá dentro um pingo cai, cai sobre o meu colo, água e cloreto de sódio, água com um pouco de sal que cai sobre mim, cá dentro também chove e eu tento, em vão, tirar todos os macaquinhos do sótão que me fazem amargar e que fazem os pingos cair sobre o meu colo, lá fora nada se passa, só eu é que vou passando, de uma forma ou de outra, com os meus macaquinhos.
Sim, porque todos nos temos macaquinhos no sótão!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Os princpios e os Fins

Hoje dei por mim, sentado numa esplanada, ao frio, pró sorte não a chuva, onde estive durante 2 horas a fazer esticar um café até ao infinito que isto não dá para mais e a alinhavar as minhas escritas para o próximo livro (que se todo correr bem irá sair lá para o Natal, mas ainda sem confirmação alguma!)
Bem, mas estava lá eu quando de repente me surge uma brincadeira moral, os princípios e os fins!
Se pensarmos bem, que tem princípios, quem é justo e tenta ser regido por uma norma moral se não elevada pelos menos normal, seria e justa para a sociedade nunca atinge os fins!
Existe aquela valorosa expressão “os fins justificam os meios” que eu sempre tive alguma dificuldade em ingerir (sim sou daqueles de princípios)
Mas sem me dispersar, quem tem princípios nunca chegam aos fins!
São duas palavras relacionadas mas que uma impede a outra!
Por certo tu nunca viste alguém de princípios a ter um bom fim, pois não?!
Não sei se será um Karma, mas se fosse quem teria princípios teria bons fins!
Ter princípios é condição natural para não se ter fins, pois quem tem fins o mais certo é não ter tido princípios!
Por exemplo: eu e as finanças!
Estou encurralado por causa dos recibos verdes (malditos sejam!), podia não os ter, podia fazer todo ao escuro, mas não! Tenho princípios e lugar na sociedade! Logo pago, segurança social, e coisas dessas, resultado pago mais a segurança social do que quase aquilo que recebo!
Para evitar isso lá foi eu hoje fechar actividade! Senão estava mesmo feito!
Mas eu sou assim! Antes pobre mas digno!
Sim, antes passar fome do que não pagar as minhas dívidas ao estado…sim é triste! E nunca chegarei aos fins!
Eu sei que nada tem a ver…mas se eu usasse todos os meios para chegar a um fim por certo estaria melhor! Muito melhor!
Quem tem moral, princípios e justeza acabara por ser morto, assassinado a dar de comer aos bichos pelos seus meus princípios enquanto que os imorais (ou amorais!) se iram rir e lançar escarro sobre ele, isso será sempre assim o esperto (a esperteza saloia) sempre se safará!!!
Mas não! Acho que os fins não justificaram os meios, e se o Karma existe ele irá se encarregar de fazer o que deve!
Até lá vou penando e vendo os outros, os dos fins, a ficarem bem e um no lodo a tirara macaquinhos.
Sim, porque todos nos temos macaquinhos no sótão!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Pensamentos sobre a TTT



Hoje decidi meditar introspectivamente (trabalhos me dessem!) sobre a chamada TTT…não, não é nenhuma referência a um novo tipo de explosivo nem coisas assim estou a falar na Terceira Travessia do Tejo, sim vou falar sobre as polémicas pontes entre a capital e o deserto que afinal não é assim tão deserto!
A primeira coisas que eu tenho a dizer, e que muitas pessoas ainda não se aperceberam, é que a principal função da TTT é o transporte ferroviário! Sim a ponte é feita em primeira estância para colocar o TGV e o comboio suburbano no outro lado do rio, isto é ponto assente! A componente rodoviária é um mero acessório! Isto é não se ia fazer uma ponte toda maluca só para passar comboios! Isso era mandar dinheiro ao lixo, neste caso ao rio! Assim faz-se também um tabuleiro rodoviário que vira a estabelecer uma terceira ligação com o sul ao nível de Lisboa! Nisto o Estado irá poupar muito uma vez que mata dois coelhos de uma cajadada!
Agora localização da ponte:
Para a RAV (organismo estatal responsável pele implementação da alta velocidade em Portugal) sempre disse que para eles só a ponte Chelas – Barreiro servia os seus interesses (os verdadeiros interesses par se fazer a ponte a Alta Velocidade) mas mesmo assim lá se fez o estudo do LNEC entre as duas opções não fosse a outra ser melhor e ai era fácil fazer-se a mudança, para alem desta travessia já ser mais antiga que sie lá o quê! Já antes da Vasco da Gama se falava desta ponte e sempre anexa com o comboio!
Mas até aqui todo muito bem! Entre Chelas – Barreiro, Beato – Montijo, a diferença não será assim tão grande só meras situações técnicas e até paisagísticas que serão facilmente solucionadas se se tiver o cuidado necessário com a arquitectura da ponte nem isso será assim grande problema!
Mas agora vem aqui algo que me deixa flipado!
A oposição (não vou nomear o nome ao santo não vá ele me instaurar um processo!!!) continua a bater no ceguinho numa ponte entre Algés e a Trafaria!
Mas será que esta gente não tem dois dedos de testa!!!
1ª – A ponte é para o comboio! Não é para carros! Já virão o que seria alterar todo e fazer o TGV atravessar toda a Lisboa! Ou então não ficar uma estação em Lisboa…nem no aeroporto, no novo aeroporto!
2ª – Embora o anterior ponto acabasse logo com isso continuam a insistir! Esta bem, então e que tal termos a torre de Belém o padrão dos descobrimento e toda a zona ribeirinha mais turística do país enclausurada entre duas pontes?! Devia ficar mais que lindo!
3ª – não sei se alguém que apoia esta travessia se terá dado ao trabalho de pegar num mapa, para já não dizer em ir ao local que isso era como se Jesus descesse a terra! Mas se olharem com atenção poderão ver o imbróglio de tráfego automóvel que irai provocar! Pois der por onde der os acesso teria que ser feitos na A2! Isto é nos mesmos acessos da ponte 25 de Abril! O que era bonito! Filas e filas de transito para as duas pontes! Para alem de os acessos terem que passar por cima de uma região com uma significativa densidade populacional! Mas isso não era problema! Mas o 4º ponto certamente será!
4ª – A questão ambiental: ficam todos ai aqui del’rei por se ir fazer um ponte sobre terrenos que estão mais que contaminados e que com a nova ponte puderam ser requalificados (para alem de ir dar uma genica a uma região que estava a decair) mas alguém, algum desses senhoras já se deu ao trabalho de pensar no que tem na Trafaria? AH não sabem! Eu digo-vos! A paisagem protegida da arriba fóssil da costa da Caparica! Ah pois é! E para não passar sobre ela terão que passar sobre o quê?! O campus na UNL?! Deve ser! Ou então na área militar da costa de cão!
Pois também acho que isso não terá sido lá muito bem pensado!
Mas tenho uma sugestão:
Já que vai existir um TTT (que por certo será gerida pela lusoponte!) e que vai ser portajada, porque não tirar uma portagem de um das pontes? Ou reduzir o seu valor?! Porque não tirar as portagens da Ponte 25 de Abril ou reduzir o seu preço significativamente! Acho que isso é que seria uma boa obra!
Quem de justiça que avaliem isso, é certo, mas os meus macaquinhos acho que são bem tirados!
Sim, porque todos nos temos macaquinhos no sótão!

terça-feira, 8 de abril de 2008

A tocha da indignação.


Já era para ter feito uma referência a esta situação, mas ainda não se tinha dado o clic dentro de mim para me debruçar sobre isto.
Os acontecimentos de antes de ontem e de ontem em Londres e Paris respectivamente, com a tocha olímpica são uma marca de que algo se deveria mudar.
O Tibete foi ocupado pela Republica Popular da China já lá vão quase 50 anos mas desde o primeiro dia que a comunidade internacional, leia-se ONU, nada vez para defender um país, um estado soberano e o sue governo!
Não sei como é que foi possível eliminar um país dos mapas sem que se desse por isso! Como se pode exterminar uma cultura assim?!
Não sei, mas se olharmos bem para o que se passou nos últimos anos vemos o quê?!
A América invade o Iraque, para já não falar no Afeganistão, sob uma pretensa existência de armas de destruição massiva, (porque é que não vão ver que armas é que o exercito americano tem? Pois!!!) e invade-se um país por uma razão mais comercial e triste, petróleo.
O Iraque era oprimido por um regime ditatorial (que em nada difere dos regimes de todos os outros países árabes que o circundam…mas em relação a esses ano se faz nada …porquê? Ah!! Sim…porque são “amigos “ dos Estados Unidos!...pois!”) e o quê é que se passa no Tibete?
Quando vejo, leio-o sobre isso cada vez mais me faz lembrar o Shoa (o genocídio de judeus durante a 2ª guerra mundial), mas será que serei só eu que vejo isso assim?!
No, pelos visto não! Pelos vistos quer em Londres e em Paris existem mais que vem isso!
Estes jogos olímpicos trazem-me uma grande lembrança…sabes de quê?
Dos jogos olímpicos de 1936, sim os jogos olímpicos de Berlim, sobre a égide da suástica!
Ainda agora ouvi o presidente do comité olímpico internacional a dizer algo do género “ isso (os ataques a tocha olímpica) é o resultado do abuso da democracia” bem…acho que isto reflecte bem o espírito olímpico! Pois também não acho!
Se não existe democracia, alias, se não existe paz, nesse país não se devia realizar jogos olímpicos!
Mas ainda bem que foi Pequim escolhido! Ainda bem! Pois agora é que o caso tibetano irá ter grande visão!
Apaguem essa chama que se quer de paz! O fogo dos deuses não deve iluminar um país onde se pratica o genocídio! Onde de mata e se extermina um etnia, uma cultura um povo!
Por favor, lembrem-se de 1936, lembre-se dos judeus, lembre-se de Hitler, lembre-se de Anne Frank…tem isso todo na sua mente?! Óptimo agora mude os nomes…mude Berlim par Pequim, mude, judeus para tibetanos, Anne Frank para Dalai Lama…
Sim, como vez a diferença não é muita! Só os nomes são diferentes!
Se os nomes fossem outros a ONU teria logo acorrido!, se fossem outros a NATO já teria intervido…mas não!
Agora é a vez do povo, do povo tibetano e todos os outros que assumem a causa tibetana de não deixarem essa chama seja passada de mão em mão como se nada fosse!
Apaguem essa chama como o Tibete é apagado do mapa!
Felizes daqueles que tem macaquinhos destes!
Sim, porque todos nos temos macaquinhos no sótão!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Acordar inutil...


Existem dias, para não dizer todos, em que acordo assim, sentindo-me totalmente inútil, impotente, derrotado, fraco, oprimido e deprimido, sofredor não sei de quê, mas que me magoa cá dentro.
Anda a deambular pela casa, olhando para as paredes brancas vazias. Olho pela janela onde lá fora cai uma chuvinha miudinha.
Não sei se será da chuva que me sinto pesado, não sei por que será que sinto que sobre os meus ombros esta suspenso todo o mundo! Sinto-me Atlas sem ter um Hércules a quem possa passar o mundo.
Não sei por que me sinto assim, não sei porque tenho a sensação que algo me calca para baixo como se a pressão atmosférica se tivesse multiplicado infinitesimalmente e caído toda sobre mim!
Não sei do que é, nem sei como fazer isto passar.
Não sei se já te sentis-te assim, eu já! Mas não tanto como hoje me sinto! Não tanto como hoje me pesam os ombros!
Sinto-me preso, sinto-me grilhetado nas mãos e nos pés, sinto-me preso a correntes que não vejo, sinto-me a sofrer as dores dos outros!
Não sei porque, mas sinto que me sinto muito mal!
Sinto que me retiveram, que me lancetaram que as feridas infectam e eu sem desinfectante, nem que fosse álcool!
Sinto-me mas não me sinto, não sei o que tenho hoje, não sei se será do tempo, da chuva ou do vento.
Mas sinto que não! Não, porque todos os dias me sinto assim… mas hoje…hoje é diferente, hoje é quase remanescente de outro ser, como se algo se tivesse apoderado de mim, como se alguma coisa me tivesse possuindo…como se vivesse algo que não é meu que era de outro alguém…não sei o que é…ou não quero saber, mas continuarei a fazer macaquinhos…pelos menos mais decentes que este!
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!

sábado, 5 de abril de 2008

Sindroma do Velho do Restelo


Em Portugal existe um doença muito grave, uma psicose que nos afecta a todos no geral e a muitos outro nos particular.
Nãos sei se terra sido o Camões a descobri-la ou a inventa-la, mas tenho a certeza que foi ele que a padronizou e lhe atribuiu um pomposo nome que ficaria para sempre imortalizado na memoria portuguesa, já que nos seus genes é inegável a sua presença!

“A síndrome de Velho do Restelo, para quem não sabe, é uma praga, uma peste e um surto epidémico que surgiu, lá vão mais de oito séculos, num região da mundo a que muito pomposamente se chama sota oeste da península ibérica. A psicose caracterizasse por uma inoperância do sujeito afectado por ela. Registada desde os primórdios da nacionalidade ela tem vindo a pautar grande parte da história dessa lusa gentes
A partir da altura em que nasce o bebé recebe o bacilo que potencia esta doença. A partir dessa altura já nada há a fazer já recebeu toda a carga viral e psíquica que o irá afectar para sempre”

Bem, isto poderia ser bem a descrição de uma doença constante em qualquer enciclopédia médica mas é bem verdade.
Cada vez mais, mas sempre foi assim, estamos rodeados por indivíduos que nos olham de soslaio e que arrogam saber do que não sabem e adoram lançar pragas e maus agoiros com as tipas palavras “ isso vai corre mal”, “ só fazes porcaria” ou ainda as mais usada “ isso vai dar em merda”, “ só tens ideias da treta”, “tu és mesmo parvo”.
Neste país matasse a nascença o que de melhor ele tem. Neste país retira-se ao seu povo a capacidade de crescer, não sei se será só ideia minha mas creio que estamos a viver um nova época senhorial onde à plebe se pode para não terem opiniões, para não formularem juízos e, ainda pio, para continuarem a viver no lodo, em vez de se dar as armas para poder vencer e para criar algo novo com as suas ideias.
E quem faz estes pedidos de inutilidade ao seu povo? Para além de muitos existem um certo grupo que tem poiso lá para os lados do palácio de São Bento. São sobre esse que me debruçarei agora.(sobre os outros terei tempo para afiar as minhas armas contra todos eles!)
Por agora não são a maioria, mas já o foram!
Até a muito pouco tempo não se fazia não sei porque, se por medo ou por falta de sapiência, mas quando do meio de todos os velhos do Restelo surge alguém com ideias, alguém que traça uma linha rumo a um futuro, que não se sabe se será bom ou mau mas que é o futuro, logo vem aqueles seres andrajosos rogarem pragas para o ar.
Lá vem quem nada fez clamar pelo que faz, lá vem o que se deixou ficar reclamar para si os louros de uma ideia que não foi a dele…
Assim é em Portugal!
O velho do Restelo fala mal daquele que tenta por Portugal em bom rumo (que ainda são alguns, felizmente!) daqueles empresários que mesmo pensando mais nos seus bolsos tentam fazer por Portugal mais do que qualquer um fez, faz, ou fará em toda a sua vida parasitária.
Não sei se as naus já terão partido para a Índia, não sei se já é tarde para começar a fazer os barcos, para lançar olhares ao futuro, mas sei que será tarde de mais quando no futuro olhar-mos para o passado e vermos o que não fizemos, nessa altura já será tarde, e virá de novo o Velho do Restelo, tirando néscios macaquinhos do seus sótão, dizer a expressão que adora “ eu bem avisei!”
Sim, porque todos nós, até os que sofrem deste síndrome, tem macaquinhos no sótão!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Tomás Azevedo e o Imperio dos Sabonetes


Não é toda a gente, nem todos os dias, que alguém me faz andar 4 Km à pé para ir comprar um revista. Mas foi o que este rapaz me fez e conseguiu fazer. Desde já os meus parabéns por tamanho feito!
Mas foi isso mesmo que aconteceu, estava eu muito bem (na realidade muito mal) sentado no meu sofá na manhã, (madrugada!!!) de ontem a ver os noticiários matutinos quando surge uma referência a capa da Visão. Capa branca com uma foto de corpo inteiro de alguém que eu não consegui ver que era, mas que me apercebi, pela conversa do jornalista, ser um dos netos do Belmiro Azevedo.
Despertou-me a curiosidade e pouco depois punha-me a caminho, pelo meio dos pinhais, em direcção a papelaria mais perto de mim, 2 Km somente!, e compro uma revista que eu considero suprema ( assim como a Sábado) mas que eu rotulo como uma revista para ricos ( os pobres compram a Maria que custa 0.65 em vez dos 2.80, ams que só traz merdinha!) mas até nisso eu me lixei e lá desembolsei os meus tostões.
Chego a casa vou logo ver as 9 páginas de entrevista e de perfil do rapaz, com apenas 18 anos, que surge como capa de uma revista deste género. (o que é um feito! Eu só tive direito a um pequeno apontamento na capa da dita Maria! mas que dizia que uma coisa tao linda como " este as portas da morte, conheça o seu drama!")
Gostei do que li, gostei de ver um rapaz que deveria ser uma amostra da nossa geração, mas que é mais uma aberração na nossa geração! É pena, com mais homens como o Tomás poderia ser que isto mudasse, poderia ser que isto tomasse outro rumo! Mas não… e cá vamos andando a penar pela nosso triste existência!
Mas o mais giro que eu achei foi a sensação de ser um Narciso, de eu ser um Narciso! Mas o Narciso reflexo manhoso de uma água suja lodacenta e pestilenta, berçário de todas as doenças, eu senti-me esse Narciso!
Sim, podes achar um exagero, mas quem me conhece suficientemente bem e que lê, por exemplo os meus post, poderá ver algumas semelhanças…e também uma grande, magnânima e inquestionável diferença!
Um exemplo, também eu nos meus 15 anos me deixei fascinar com os processos de saponificação (saponificação e não sabonificaçao como vinha na revista! Saponificação é o nome da reacção que se dá quando se junta uma gordura acida, acido oleico, palmítico ou desse género como uma base, da qual reacção resulta o sabão e a glicerina que ainda poderá se reutilizada como reagente para novos sabões e ainda mais delicados e refinados), na técnica refinada de transformar algo como a banha de porco em glicerina e depôs a glicerina em tão delicados sabonetes! Pois é quase ninguém sabe que os sabonetes, os mais naturais, são matéria transformada de gordura animal!
Eu vi e li sobre isso e tentei fazer sabão em casa com a banha de porco( roubada ao pote da banha que se usa para a nossa alimentação ) com o desentupidor de canos ( soda caustica , para os mais químicos hidróxido de sódio) , isto foi o que eu fiz…
O Tomás não, ele não tentou fazer sabonetes na casa de banho lá de casa, não! Ele foi visitar logo uma fabrica de sabonetes e sabões, só a mais prestigiada e uma das mais antigas fabricas de sabões a Saboaria e Perfumaria Confiança, e pouco tempo de pois a empresa era comprada pela Change Partners da qual a Sonae detêm 25% e logo a fabrica sofreu um bum económico que leva o nome Confiança alem mar e esta agora nas banheiras das celebridades…
Pois…nesta altura tu já deves ter visto a diferença entre mim e ele…é isso… euros!
O que seria do Tomas se não tivesse a capacidade de apresentar propostas ao grupo Sonae, o que seria do Tomas se a família dele não fosse a (como agora dizem que é) a segunda mais rica do país? Bem por certo iria tentar fazer sabonetes na casa de banho!
Em vez de ter uma conta nas mais valais da Saboaria Confiança teria um papa branca e pestilento na mão e que iria mostrar feliz da vida ao avô, reformado e que vivia lá em casa. Iria mostrara-lhe a sua conquista desse dia, ia-lhe mostrar que se podia fazer sabão e dinheiro de banha e desentupidor de canos…o que é que o avô lhe iria dizer? Por certo seria algo de género:

“ Para de fazer merda! Só fazes porcaria, a fazer sabão! Enquanto o podes comparar! És mesmo besta! Porquê é que não fazes algo de jeito por ti abaixo! Seu calão de merda! Lá porque andas com os livros as costas deves te achar muito bom!”

Pois por certo era isto que ele iria ouvir…pois foi algo do género que eu ouvi quando levei a mostrar aquela pasta meia amarelada e aguada.
Agora já viste a diferença, é clara! Só que nós as vezes não pensamos no quão clara ela é.
Não, não sou reçabiado! Não! Acho muito bem que o Tomas tenha feito isso! Se eu estivesse no lugar dele também teria feito, isso e muito mais!
Mas infelizmente nem todos podem ser Azevedo!
Mas dou-te os meus parabéns! Nem todos os filhos e netos de gente com poder (económico e de conhecimentos de interesses ) os iriam usar para tal! E feliz do neto, ou filho que tem nos seus antecedentes tão valorosa pessoa que escuta e vê o potencial das suas ideias!
Caro Tomás, se alguma vez leres isto (que o mais certo é não!) fica sabedor de que só com homens e mulheres como tu é que o mundo anda… só é pena ter que andar sempre com o dinheiro a frente! Mas isto sou só eu a tirar macaquinhos do sótão!
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!
P.S. – quem tropeçou neste macaquinho e não sabe do que eu estou a falar poderá se dirigir a http://clix.visao.pt/Actualidade/Economia/Pages/tomasazevedo.aspx em vez de fazer como eu ( que sou estúpido como uma porta) e ir comprar a revista, mesmo que para tal tivesse que andar a pé com a caloreira que esta!! e gastar os pouco cobres e nqueis que tinha no bolso!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Comunicado que plasmou o pais!


Como sempre nós, povo bacoco, paramos quase todos para ver o que a uma semana via sendo anunciado e avisado em todos os meios de comunicação social. Um comunicado ao país dos gatos fedorentos!
Logo imaginei que fosse publicidade, o que acabei de ver que era, mas as esperanças eram grandes, muito grandes!
Logo imaginei que fosse o mote par alguma revolução, o inicio de um novo partido politico, o anuncio até o quito canal de televisão…
Mas não!
Tanta merda só pró causa da merda de um novo produto da PT!
Só neste país é que tal é possível!
Não, não acho absurdo a campanha publicitário, exagerada por certo, mas não absurda. O que é mesmo triste, mesmo muito triste a rasar a infelicidade é eu ainda ter esperança que fosse algo diferente!!!
Mas já devia estar preparado! O que pode existir de diferente, de evolução…de revolução neste país!!
A única revolução tem sido feito pelo senhor engenheiro, revolução de luva branca é certo, mas que já fez mais mortos que muitas outra revolução…
Não, não foi a sua politica, mas sim as tentativas nojentas que a oposição tem feito para denegrir um governo que já fez mais neste ano que os dois do Cavaco!
Aqueles senhores são como os Gato Fedorento…muita parra e poço uva…se bem que os gato ainda nós fazem rir com piadas inteligentes (coisa rara neste pais diminuído sobre si mesmo e preso a não sei o que…talvez ao um senhor que esta sepultado em Santa Comba!) mas os membros a oposição …(AI MEU DEUS!!!) quando falam (não sei se é de mim) dá-me sempre uma grande vontade de cortar os pulsos! Ou então de mandar-lhe com um sapato a cara! (o que não faço sob pena de partir o televisor! Mas com a pantufa ainda levam algumas vezes!!!!)
Nesta altura creio que o criativos que trabalham com a Portugal Telecom já estarão a pensar no próximo spot que juntara todos em frente ao televisor feitos parvinhos…cada uma das estações ligadas em directo para uma casa na Lapa em Lisboa, para o largo do Quelhas, em Lisboa, e para a Pereira Gomes …onde estará a oposição em peso a dizer que vão ser governo dentro de dois anos…a nos cá deste lado vamos fazer o quê?!
Fazemos como quando vemos os gatos fedorentos…rimo-nos e dizemos que parvos, mudamos de canal e já nem nos lembraremos de nada!!!
Tristes daqueles que não vem as asneiras na sua boca…que não alcançaram o governo!
Bem, este macaquinho tem muitas caras, mas as caras dos quatro gatos são as maiores!!
Sim, por que todos nós, até os gatos fedorentos, temos macaquinhos no sótão!!
MEO!!

terça-feira, 1 de abril de 2008

a vida nos pontos de um camisola


A nova existência é como a de uma camisola de lã.
É construída com pequenos pontos e intricadas laçadas, lançadas sobre as agulhas que estão sempre prontas para ferir o utilizador mais distraído.
Se falhas um ponto …se falhas uma laçada…lá se vai a camisola!
Se no fim, já com todo feito, é que reparas nas laçadas que foram deixadas para traz, dos pontos que ficaram por unir e dos buraco que a tua camisola tem
Depois ainda tens de ter muito cuidado com a traça! Não vá acabar de vez com a tua camisola sem tu dares conta!
A vida é como fazer uma camisola, com agulhas, lã, de melhor ou de menor qualidade de cores tão diferentes como o preto ou o arco-íris. Tudo feito com uma mais ou menos organizada sucessão de pontos e laçadas, pequenos nós que juntos formão uma grande, pequena, suave, áspera, quente ou fria camisola…
Tenta fazer a tu o melhor que conseguires! Tenta não falhar nenhuma laçada! Tenta não perder nenhum ponto! Tenta não falhares pois só no fim, mesmo já no fim de tudo feito é que a vais vestir.
No fim é que vais ver se fizeste uma boa camisola e então, então será já tarde para corrigir!
Por isso deixa o computador, pega na lã e nas agulhas e faz uma camisola! Nem que seja para o Inverno que vem! Mas faz! Faz e vai tirando em cada laçada em cada nó me cada carreira que fazes vai tirando macaquinhos do sótão!
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!