terça-feira, 3 de junho de 2008

Amada noite


A noite caiu, o silêncio invade todo o espaço, o silêncio é o espaço.
Deambulo pela casa, tão quieta, tão silenciosa, os meus passos são abafados pelos ecos e nada se ouve.
O escuro é breu, iluminando pelo meu estado noctívago…
Não que o seja, mas sim porque gosto da noite.
As sombras expande-se, saem dos cantos e espalha-se entram em todo o lado…
É todo ao calmo, tão silencioso, pacifico, adorável…nas negruras espelha-se os nossos…os meus temores, horrores, medos, fraquezas!
Todo se revela num bailado de formas escuras que deambulam pela minha frente…não fecho os olhos, não tenho medo…são só as sombras da noite…calmas apaziguantes, letais e feridas.
Não sei porque gosto da noite…ou será a noite que gosta de mim?!
Não será a noite que se alimenta de mim, chupa a minha luz e cobre-me com o seu véu negro? É capaz…mas eu gosto….
E todos os dias ela cobre-me, oculta-me o silêncio dos meus passo…escondo-me, recolho-me sou uma dessas sombras!
Mas eu gosto…como é todo idílico na noite…calmo…desanuviante…catartico nas minha dores…exorcismo da minha alma…do bem da minha alma…
Ah noite…ai noite …que bendita tu és no silêncio que ocultas…nas sombras, onde habito, onde sou eu…no escuro, onde todos os terrores habitam, também eu habito…
Vivo incluo na escuridão, preso no preço de todo aquilo que eu mais gosto…do breu …do silêncio …e de todo o mais que é mais negro que a negrura mais carbónica da minha alma…o que quer que isso seja…
Um macaquinho resgatado das sombras, n a noite do baile dos espectros, onde eu bailo toda a noite e osculo os teu doces e mortais lábios.

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