Havia algo naquele abraço, diferente de todos os abraços,
mais forte que todos os abraços que havíamos trocado.
Havia algo de estranho
no aceno. No adeus que te acenei ao longe, diferente de todos os adeus que te
dei.
Senti o teu corpo tão perto do meu, o calor do teu peito, o coração
que acelerado batia dentro dele, querendo saltar para fora!
A distancia mal dava
para ver o teu olhar, para te sentir, para notar que eras mesmo tu e não um
qualquer retrato atrás de um vidro.
A minha mão apertou a tua cabeça contra o meu peito, desceu
para a nuca que apertei, na esperança que sentisse todo aquilo que no meu peito
estava desejoso por sair…
A minha mão caiu
inanimada, mesmo com o teu sorriso, ela tombou ao longo do meu corpo, um adeus
que ficava assim, escondendo tanta coisa que havia para dizer…
Fiquei a ver-te partir, a fechares a porta, a não olhares
para trás, enquanto eu esperava que olhasses, enquanto o meu sorriso se ia
esmorecendo e tu, afastando-te cada vez mais, seguias em frente sem olhar para
quem deixavas ali, sentindo o calor do teu corpo.
Virei costas, partia,
era eu que partia, levava o teu sorriso, as memórias do afecto, de tudo aquilo
que eu significava para ti, afastando-me cada vez mais não pode resistir e
olhei para trás, olhei para ti enquanto te deixava, fiz-te sorrir e o teu olhar
mostrou que não querias que eu fosse, pedia para que eu ficasse
Mas tu partiste
Mas eu parti
E somente ficou a certeza de que tudo podia ser tão
diferente…
E somente ficou a
certeza de que tudo podia ser tão diferente…
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