Sabes que eu já pensei que gostei de ti?! E ainda hoje não sei bem, passados tantos dias, semanas e tantos
momentos, ainda não percebi se gostei ou se gosto de ti!
Sei que encontro paz junto de ti, que me consegues acalmar,
que não deixo de sorrir e de sentir melhor perto de ti! Sei que gosto de sentir
o calor dos teus braços que me abraçam, do jeito como que me apertas contra ti…
Sei o que me dói, como fico, quando te vejo partir, o vazio
que fica ao meu lado quando te despedes, nem que seja num breve até já, dás-me saudades,
aperta-me o peito, a angustia sobe à garganta e me sinto cheio daquele ardor,
do desejo de te ter de novo perto de mim, para sentir o teu cheiro, ouvir a tua
voz, olhar no teu olhar, afagar docemente a tua mão por entre os meus dedos, a
festa que te fiz no rosto duas ou três vezes enquanto dormias…
E continuou sem saber o que é isto, continuo sem saber se
lhe devo de apelidar de amor, porque o seu somatório não é somente uma operação
aritmética simples, e tu, como eu, colocamos todas as nossas variáveis,
internas ou externas, e são essas que medeiam todas as nossas relações…
Talvez nunca me percebas…assim como eu nunca te irei
perceber…mas sei que estaremos sentados naquele banco, frente ao mar, enquanto
o sol se poe, e enquanto de mim se apodera o terror, que ma faz tremer as
pernas fraquejarem e tu…tu finalmente pegaras na minha mão com a tua bruta
delicadeza, irás apertar os meus dedos por entre os teus, vais olhar para mim,
olhos nos olhos como até então nunca tinhas olhado e irás ver esse terror como
um reflexo desse sol rubro no meu olhar húmido. Sorriras para mim e por fim
dirás: Não tens que ter medo, não tremas, não temas, liberta-te desse terror…porque
eu estou, como sempre estive aqui, mesmo quando não sentiste, mesmo quando tu
procuravas o meu mundo e encontravas as sombras frias, quando procuravas o meu consolo
nos teus sonhos e não vendo que eu estava aqui, que nunca estive longe e agora
tens em ti a minha paz…
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