E naquele dia ele somente sentia aquilo que não podia
sentir, o éter que o rodeava. E aquele vazio que o sufocava, que o oprimia a
cada dia, não o deixava voar, não o deixava abrir as assas, não o permitia ser
livre, e como ele precisava de ser livre…mas por mais que tentasse as essas
estavam pressas, presas dentro dele mesmo…Ai e como ele queria ser livre, como
ele desejava ter tudo aquilo que afinal não tinha, como ele desejava ser tudo
aquilo que afinal já era sem perceber que era, ai como ele desejava erguer,
esticar, abrir bem as assas, as suas assas e poder dar um salto, um salto no
cimo do penhasco , sem medo do fundo, sem receio de cair, porque afinal ele
voava…aí como eu gostava de finalmente voar…
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