Lembras-te como pequena era aquela semente? A pequena bolota
que trazias no bolso, mas que pegaste como se de um enorme tesouro se tratasse,
como a fechaste entre as tuas mãos. Como a protegias naquele dia em que
finalmente a aquela casa passou a ser a nossa casa.
Ainda tenho na memória o pequeno buraco que fizemos no chão, de caiu sobre a terra fértil e fofa aquela que era a nossa bolota, de como a tua mão direita certa e a minha esquerda desajeitada taparam aquele pedaço de nós.
Ainda tenho na memória o pequeno buraco que fizemos no chão, de caiu sobre a terra fértil e fofa aquela que era a nossa bolota, de como a tua mão direita certa e a minha esquerda desajeitada taparam aquele pedaço de nós.
E o primeiro rebento que surgiu, que brotou daquele pedaço
de terra quando ainda se faziam as obras, e as primeiras folhas verdes
brilhavam ao sol quando finalmente nos instalamos.
Quantos sorrisos fizemos para os cada vez mais numerosos rebentos de folhas que a cada ano se multiplicavam. Quantas vezes vieste ter comigo, nas tardes quentes de verão, enquanto eu lia um qualquer livro e o sol desaparecia, como sempre soubeste o que eu detestava o pôr-do-sol, por isso fazias questão de ali estar, ao meu lado como sempre estiveste nos piores momentos, embora só me consiga recordar dos melhores, do longo tempo em que debaixo da enorme copa do Quercus.
Quantos sorrisos fizemos para os cada vez mais numerosos rebentos de folhas que a cada ano se multiplicavam. Quantas vezes vieste ter comigo, nas tardes quentes de verão, enquanto eu lia um qualquer livro e o sol desaparecia, como sempre soubeste o que eu detestava o pôr-do-sol, por isso fazias questão de ali estar, ao meu lado como sempre estiveste nos piores momentos, embora só me consiga recordar dos melhores, do longo tempo em que debaixo da enorme copa do Quercus.
E depois de tantos anos, com o chão coberto de novas bolotas
prontas a rebentar, prontas a dar origem
a novas arvores, a uma mata, a um bosque perpetuo, aqui estamos nós, os dois,
sozinhos, de mão dada, dedos entrelaçados e ao fundo, sobre o mar, o sol
lentamente se vais pondo, e tu apertas-me os dedos, como sempre fizeste, para
que eu não tenha medo…porque tu me proteges, porque tu me hás de proteger, como
a como a copa daquela árvore nos protege nesta tarde, daquele árvore posta em
semente pela tua firme mão direita e a minha esquerda sem jeito…e olha, o sol
mais uma vez lá se pôs… desaparece em anil sobre as ondas do mar…e tu mantes os
teus dedos entrançados aos meus, sentados os dois, cabeça encostadas…e eu perdi
o medo, por hoje perdi o medo, porque tu estas aqui, debaixo da nossa árvore,
comigo, tu estarás aqui…
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