quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Não quero que o teu nome seja o novo nome da minha solidão...


Foi isso que te pedi naquela manhã.

Foi isso que logo naquela tarde acabaste por esquecer e, quando por fim, a noite caiu, foi o teu nome que eu disse ao cumprimentar a minha solidão.
Lembrei-me daquela madrugada, em que não estava frio, em que o calor não se notava, em que somente te notei a ti, a partir daí o resto pouco ou nada restava para além da conjugação verbal que nos unia. Eu amo, tu amas, ele ama, nos amamos…

Mas todo o verbo tem um fim, e passamos para o teu pretérito, tu amavas, eu amo…nós amámos…
nunca percebi porque razão não gostava dos pretéritos, já não escola não gostava, na vida pouco adulta que vou tendo percebo a razão…do passado só guardamos más memorias.

E de ti…do teu pretérito futuro, eu já guardo más memorias… e nem presente é…

é o teu nome que eu soletro a noite, por entre os lençóis da minha cama fria. É o teu nome que me acompanha, aqueles passos ao meu lado, a minha mão que é esticada…é por ti que chamo quando estou só…
E o teu nome é o novo nome da minha solidão.

Tanto aviso, tanto alerta, tanto tem juízo…mas é o teu nome que eu sussurro antes de fechar os olhos, é pelo teu nome que eu chamo quando te procuro na minha cama pela manhã, pelo teu corpo, pelo calor que me aqueça…naquele leito, naquela cama onde só posso dizer o teu nome…o novo nome da minha solidão…

Sobre o promontório, é pelo teu nome que eu chamo…é somente o abstracto do teu nome que me acompanha…o novo nome para a minha solidão… e na minha mão, vazia, é o teu nome que passa, é por ti que chamo…já que é esse o novo nome da minha solidão…

1 comentário:

Marcus disse...

Blog muito bom, gostei da aparencia.