De repente, num daqueles repentes que se tem como um instantâneo, surgiu-me: Qual a verdadeira importância de ser Ernesto?
Poderemos ser Ernesto e não ser filho, ou primo ou não sei o que do outro Ernesto (alguém se lembra da peça de teatro, ou do filme?)poderemos ser Felisberto e continuamos a ser filho de alguém, primo ou o que quer que seja…mas qual é a verdadeira importância disso?
Bem se for Primeiro-ministro, tem grande importância…pelo menos dão dor de cabeça e capas de pasquins noticiosos…mas agora a pergunta cerne deste macaquinhos…Afinal qual é a importância de ser-mos quem somos, ou porque razão somos que somos (ficava melhor “somos quem semos”! Lol )
Sou quem sou…mas não gosto de ser quem sou, ou quem os outros vêem que eu sou…é uma questão nuclear que nenhum acelerador de particular conseguira quebrar. Mas é lugar como nós não gostarmos do nós que os outros vêem, assim como não gostamos de olhar para nos em frente de um espelho, numa fotografia nas folhas por nos escritos.
Mas afinal qual é a verdadeira importância de me chamar Ernesto? Isso faz de mim alguém?, coloca na minha frente uma passadeira de veludo espesso, vermelho, facilita as portas abertas? Não, Ernesto não abre nada…ah, mas agora o caro leitor poderá sobrepor-se a mim e exclamar “ e se for um Azevedo? Um Espírito Santo Salgado, um Fulano ou Sicrano daqueles que se sabem tudo poderem? Esses tem as portas abertas!”
Não há erro mais claro do que isso!
Todos esses têm nome, agora! Porque alturas houve que eram tão simplesmente uns quaisquer Ernestos!
Mas digam-me lá, “Valerá mesmo a pena sermos Ernesto?”
Fico-me por este macaquinho hoje.
Sim, porque todos nós temos macaquinhos no sótão!
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