Antes de dar inicio as hostilidades deveremos reflectir, ou melhor, inflectir sobre o mote de todas as eleições…ou eleições que se dignem desse nome, a democracia.
Pode vir dos gregos, daquela democracia estranha aos nossos olhos contemporâneos (mas perfeita para a época), mas, mesmo passando largos séculos sobre a democracia acrópoliana se olhar-mos bem as coisas não são assim tão diferentes e não podemos pintar o cenário da nossa democracia em tons de rosa e toques de purpurinas.
Actualmente quem é a democracia? Não é o povo! Longe vai essa ideia de dar o poder ao povo, já se viu; os políticos entenda‑se, que o povo no tem cabeça, que não pode, nem deve meter‑se nos chamados assuntos de estado.
Por outras palavras a democracia portuguesa degenerou numa espécie de ditadora politologa de contornos rebuscados e efeitos nefastos.
Mas a culpa não é dos políticos, a culpa e do povinho que dá mais valor aos jogos de futebol e a coisas fáceis de digerir do que a assuntos que poderão afectar a sua vida.
Não vão votar, não exercem o direito que é a base da democracia, ora se a base não existe ou é fraca é natural que o aparelho do estado descambe ou então, para evitar essas desgraças, substitui-se a base por algumas colunas, uns pilares que se chamam, muito genericamente, partidos políticos ou figuras ditatoriais. Sim porque não se pode dizer que actualmente não se vive em ditadora! Só que é uma ditadora em coberta pelo pluripartidismo, pela falsa representatividade da Assembleia da Republica e pelos lobis encapotados que cada um tem.
A democracia deixou de ser pensar em função de Portugal, passou a ser gerida a favor de interesses, guerras e tricas entre os grupos, oblivando-se de trabalhar em prol da nação para serem fantoches pagos a erário publico, esquecendo sempre que é por Portugal que eles são eleitos e não pelas suas carteiras ou pelos postas de CEO que vão ocupar depois da saída dos seus poleiros.
O Povo não merece a Democracia, Portugal não merece a democracia!
Não se pode clamar por ela quando não se sabe o que é, quando não se faz nada por ela, quando se encolhe os ombros perante as decisões de grande monta.
Nesta altura em que se aproxima dois actos eleitorais os portugueses tem que parar, parar com as suas vidinhas a olhar para o umbigo, colocar a cabeça a trabalhar e ver o que é melhor para Portugal, pois o que é bom para Portugal muito certamente será bom para os portugueses!
Por favor tenham macaquinhos políticos!
Sim, porque todos nos temos macaquinhos no sótão!
Sem comentários:
Enviar um comentário